terça-feira, 28 de setembro de 2010

Dedini terá o etanol de segunda geração?

A dinamarquesa Novozymes, que produz enzimas industriais, informou hoje que fechou um acordo com a brasileira Dedini para desenvolver o etanol de segunda geração, ou celulósico. Diferentemente do etanol que usamos hoje como combustível, e que é obtido do caldo da cana de açúcar, o celulósico é obtido da palha da cana ou de outras partes não comestíveis de uma série de outros produtos agrícolas. A idéia é boa, mas há um porém. Fizemos aqui na Exame, em março deste ano, uma reportagem sobre como os Estados Unidos, o maior entusiasta da tecnologia, está penando para que ela ganhe escala e viabilidade econômica. Na mesma reportagem, mencionávamos os esforços da Dedini, líder global na produção de equipamentos para o setor de açúcar e de etanol, na mesma direção. Pois bem, vamos ver se com a parceria com a Novozymes, a coisa anda.  Considerando a demanda por etanol no Brasil e o volume de bagaço disponível, há uma oportunidade considerável para um crescimento maior neste mercado”, disse o diretor-executivo da Novozymes, Steen Riisgaard, em um comunicado oficial. Lembrando que empresa dinamarquesa lançou comercialmente a primeira enzima para a produção de combustíveis de segunda geração em fevereiro deste ano.
Lembrando que, desde dezembro do ano passado, a Novozymes tem uma parceria de pesquisa com outra importante empresa brasileira, a petroquímica Braskem. Nesse caso, porém, as enzimas industriais seriam usadas no desenvolvimento de um polipropileno feito de cana de açúcar, o chamado “plástico verde”.

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